José Duarte Ribeiro, de 82 anos, procura por José Carlos Ribeiro, de 52.
Aposentado acredita que o filho trabalhe como caminhoneiro em SC.
O aposentado José Duarte Ribeiro, de 82 anos, deseja reencontrar o filho adotivo José Carlos Ribeiro, que não vê há 35 anos. O idoso conta que o filho tinha 17 anos quando saiu de casa, em Goiânia, e foi para Cuiabá, no Mato Grosso. Depois disso, os dois não tiveram mais contato.
Apesar de ter poucas referências, o pai diz ter ficado sabendo que o filho, hoje com 52 anos, está trabalhando de caminhoneiro, em Santa Catarina.
Com a saúde debilitada, o idoso sofre de Alzheimer e enfisema pulmonar e vive na Casa dos Idosos, na Vila Mutirão, em Goiânia. Ele afirma que o maior sonho é ver o filho novamente.
Segundo ele, na época, eles moravam perto do Estádio Serra Dourada e os dois trabalhavam como entregadores em uma panificadora. Contudo, o jovem começou a usar drogas e cometer furtos para manter o vício.
“Ele fazia as entregas, recebia o dinheiro e pegava pra ele para comprar droga e foi indo, até que a conta ficou grande e os caras vieram me cobrar. ‘Se o senhor não pagar, nós vamos bater nele’. Eu falei 'eu não vou pagar. Eu não devo'. Eles falaram, 'mas você não é o pai?', eu falei 'sou, mas eu não devo, porque ele [filho] é praticamente de maior, trabalha e eu não autorizei a entregar dinheiro para ele'", relata o pai.
Sou doidinho para encontrar com ele novamente. É o meu sonho"
José Duarte
O idoso afirma que, com esta confusão, o filho chorou e falou que queria se mudar para outra cidade. No entanto, o pai conta que não deu o dinheiro para a passagem, pois sabia que ele iria acabar gastando com coisas erradas e não iria viajar. Ele levou o filho até a rodoviária e falou que ele podia ir para onde quisesse. "Depois disso, nunca mais o vi", desabafa.
"Eu imagino que ele tenha parado de mexer com drogas e, por mais que tenha perdido o contato, sou doidinho para encontrar com ele novamente. É o meu sonho", diz o idoso emocionado.
Coordenadora da Casa dos Idosos, Maurícia Leite da Costa Rodrigues ressalta o quanto o idoso procura pelo filho.
"Se achar esse filho dele, ele vai achar bom demais. É sangue, é família. Ele clama a muito tempo que não tem notícias e nessas horas, com Alzheimer, problema de pulmão, não consegue ficar sem usar aparelhos, ele vai ficar muito feliz", afirma.
O aposentado tem somente uma foto do filho José Carlos Ribeiro, de 52 anos, tirada na época em o homem era jovem (veja abaixo).
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